segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Suspenso

Foi com carinho que escrevi à volta de oitenta textos. Foram o mais puro reflexo da minha vida, sem exagero de poeta. No entanto chegou a hora do seu fim. E fim é uma palavra forte, talvez demasiado definitiva para algo tão especial. A verdade é estou suspenso nesta matéria. E duvido que a ele volte tão depressa. Deixo desta forma para trás dois blogues, muito diferentes, mas ambos importantes em diferentes fases na minha vida. No entanto continuo vivo, de forma próxima a esta Apologia do Meu Eu, em outros dois novos blogues:

apologiadomonstro.blogspot.com
e
espiralsuspensa.blogspot.com

assim como no constante versologista.blogspot.com.

A vida muda, e às vezes muda demais. No entanto ás vezes não temos como não aceitar essa mudança. Seja certa ou errada, esta para já é a minha. Obrigado a quem leu, obrigado.

Boa viagem.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Setenta e nove

Andei a adiar este momento. O momento de ir de férias deste blogue. Existem pessoas que vibram com a despedida. Eu não sou uma delas...Até porque para mim raramente uma despedida é definitiva. De qualquer das formas encontrei a música perfeita para me retirar...É reflexo daquilo que sinto, daquilo que sou. Como digo muitas vezes não tenho grande fé no Homem...mas tenho muita esperança nele. Raramente desisto das pessoas. Muito raramente. Estarei a fazê-lo agora? Julgo que não...mas o tempo vai passando...E eu sentado do outro lado do mar, sentado a olhar...É hora de me dedicar às narrativas do monstro, com empenho e "arte". As realidades passadas ainda me pesam e ainda me modificam, ainda se fazem sentir no meu ser. Ainda as tento projectar...Sou um imbecil. Não sou o pior mentiroso nem o melhor, mas sou um imbecil, à minha maneira.
E tudo o que queria dizer não o vou repetir. Já disse muito, já repeti muito, não posso dizer nem repetir mais, apesar de ser essa a minha vontade, a minha esperança. Por isso, deixo aqui esta música e canção bela...
E pronto. Não encontro mais palavras. Ou pelo menos desta vez vou deixa-las sem escrever...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Setenta e oito

Antigamente adorava o calor pois era um calor não excessivo. As pessoas saiam à rua de roupas frescas e saboreavam o sol...Mas agora já não. Um dia destes saí num desses dias doudos de 41 graus...Os autocarros levavam aproximadamente sete pessoas cada um e as ruas estavam vazias.
Desejo ardentemente que chegue o frio, o Outono e o Inverno...Quero ter frio para me poder aquecer.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Setenta e sete

A força da alma...
Direi por fim que mais nada poderei fazer. Sozinho mais nada conseguirei fazer...Por isso deixarei esse pequeno recado que já tantas vezes disse narrado no monstro...E depois, de sonhos ruídos, será a hora de me abandonar.
Mas até lá deixo aqui, outra face bela do Homem, marcado por algo que tem décadas de existência...Uma espiral mais antiga à qual retorno...
E se nos lábios tranco um amo-te, na minha cabeça acabo também por ir trancando...Mas seja como for, em qualquer lugar, pela força da alma do Homem, pela sua paz ou compreensão interior, sozinho ou acompanhado, deixo-te, e deixo-vos, Vangelis:

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Spiralout

É a segunda vez na vida deste blogue que escrevo um texto fora do contexto, com um título diferente...Arrependo-me ligeiramente da primeira vez que o fiz, pois foi um desabafo desesperado, ao que me parece pouco útil, do qual apenas duas pessoas perceberam o texto, em que uma delas fui eu. De qualquer forma desta vez é diferente. As segundas intenções deste texto são simplesmente alertar a alma, e este texto mesmo sendo exclusivamente para alguém, engloba todos.
Porque da mesma forma que acreditei na raça humana ou não, da mesma forma não acredito agora ou acredito. Porque existem coisas, que nunca mudarão. Nunca. E a crença que tenho em certas pessoas, na sua capacidade de força, não muda, nem vai mudar, nem devido a pequena derrotas...Tudo o que quero é que continuem a lutar por si próprias, se acharem que é bom para elas o resultado positivo dessa batalha. Nem que voltem a lutar por influência de outros...Mas mesmo nestes casos, que não deixem que uma derrota os pare!, nem duas derrotas...Dizem que há terceira é de vez...que seja. Que não seja. Who cares? Ninguém. É preciso lutar. Lutar faz bem à saúde, seja por alguém, seja por um exame, seja pelo que for. Somos lutadores de essência. E só peço um pouco de fé em vocês próprios. Alguns poderão pensar que estou a pedir...

I still may. and I still may.
Be patient.

I must keep reminding myself of this...

Não estou em direito nenhum de pedir seja o que for...nem de sonhar com muito mais...tenho o dever de lutar por mim e por mim apenas...
(Apesar de não conseguir, porque para o mal ou para o bem, eu sou mais do que isso...Nada posso fazer para o evitar.), por isso , tudo o que desejo, com ou sem direito,
tudo o que quero
é pedir-te:
Não desistas ainda, não desistas já,
e o apoio que prestei e que dei a conhecer
mantém-se, tu consegues,
por isso, por ti, por um pequeno extra no teu futuro (com ou sem razão de ser
neste mundo), mas por ti, para também calares essas derrotas
pequenas que se acumulam:

Não
desistas.
Não agora, não por agora, talvez nunca,
mas
não
Desistas.
Boa? Boa.

Keep going spiral out, keep going spiral out. Continua.
E pensa, em horas de mais "desespero": somehow i'll find my way home. E a espiral continua, depois de criada é deixa-la fluir.

Não desistas.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Setenta e seis

Quatro dias em voluntariado. Amanhã será o quinto...As minhas colegas dizem que tenho bom coração, que nunca lá tiveram um homem a trabalhar nem como voluntário. Talvez eu seja anormal para este mundo ou este mundo anormal para mim, o que interessa? Tenho-me sentido bem, a ajudar pessoas que se aproximam da morte, que estão dependentes daqueles que os querem ajudar...Este mundo é muito triste. E parece que quanto mais se envelhece, se tomarmos decisões estúpidas, mais triste vai ficando...

Haja o que houver eu estou aqui.

Decerto tenho muito para fazer ainda e para não fazer. E para escrever. De qualquer forma...
Qualquer coisa.
Vou tentando.