segunda-feira, 22 de março de 2010

Onze

Criei outro blog. Numa conversa com um amigo, num dos piores dias da minha vida (que me recorde) falou-me de um filme em que alguém lutava com monstros mitológicos. Sempre gostei de histórias que envolvessem mitologia. Dois dias depois, já muito eu tinha mudado, devido às condicionantes do destino (ou seja lá o que for), lembrei-me de Ícaro, essa personagem mitológica, que voou mais alto do que deveria. Meu pensado meu feito, tive a ideia de criar algo que me pudesse ajudar a reflectir (ainda mais) e a quem o fosse ler, criei-o. Estou numa fase em que tenho perfeita noção que tenho de manter a cabeça ocupada, os únicos dois problemas é que: por um lado preciso de mais...isto vai chegando, mas pouco, por outro lado estou numa fase má de organização pessoal. Sei que existem prioridades na vida, mas neste momento não são a elas a quem me entrego. Estou ligeiramente à deriva, apesar de saber aquilo que quero e aquilo que preciso. Mas sabe tão bem deixar tudo andar, sem nos preocuparmos o suficiente. Mas sei que está errado. Então porque o faço? O pior ser humano não é o que erra sem querer, mas sim o que erra sabendo que está errando, isso possivelmente faz de mim, (acabo por chegar sempre a este ponto) um monstro. De alguma forma. Preciso de palavras de apoio? Não. Preciso de uma luz que me guie? Não. Preciso que alguém segure uma luz apenas para eu saber que está lá. Não sou como os outros, não sou como mais ninguém. Tudo o que tenho de bom e de péssimo sou eu que carrego, não o carrega mais ninguém. Neste momento sou neutro. E não me tolero. Que seja amor ou que seja ódio. Já passei a fase da paz armada, encontro-me na fase de guerra inglória. Preciso de encontrar o meu lugar na minha história, e na dos outros. Obrigado por me ouvirem.

1 comentário:

Joana disse...

É sempre um prazer ouvir-te ou ler-te.
Apesar de estar um bom texto, tenho mesmo de destacar isto, que é a sua essência, para mim: «Mas sabe tão bem deixar tudo andar, sem nos preocuparmos o suficiente. Mas sei que está errado. Então porque o faço? O pior ser humano não é o que erra sem querer, mas sim o que erra»
Tão PERFEITO! Fantástico *