sexta-feira, 28 de maio de 2010

Trinta e oito

Este mês de Maio...Foi um mês intensamente diferente. Voltei de certa forma às essências. E este mês teve de tudo um pouco. Em termos de escrita talvez tenha sido dos melhores meses de sempre...quarenta textos? Sim, quarenta textos. Quantidade não faltou. E qualidade? Penso não poder ser eu a responder, pois se pudesse, diria sem hesitar muito: foi mais do que satisfatório. Escrevi muito e não escrevi sobre coisas muito más. Em certas alturas dediquei-me à expansão de outros belos universos...mas depois parece que caí nesse mundo egocêntrico de pseudo-sofrimento. Fui feliz? Ainda não estou certo. Ainda estou a reunir provas, muito devagar, para chegar a uma conclusão final. Cansa-me a espera? Ainda não. Já passei por isto. Déjà vu completo. E a vida já me ensinou que às vezes a espera vale a pena.
Tenho exercitado o meu corpo como já não o fazia há muito tempo. Tenho bebido água como se estivesse sempre com sede...Tenho fumado como um doido, uma chaminé, um fumador compulsivo. Sessenta e seis por cento da minha pessoa tem agido bem, já não é muito mau. A verdade é que Maio está a chegar ao fim...e esse facto perturba-me. Perturba-me. Muito. E acabo por, sem querer, estar a sofrer por antecipação. Junho vai ditar tantas coisas da minha vida...e eu, fico a espera-lo, como se fosse alguém que estando em casa no seu sossego sabe da vinda de alguém que nos quer fazer mal...e fico a segurar na caçadeira, atrás de alguma esquina na minha casa, preparado para quem entrar por essa porta a dentro. É mais ou menos isso. Só que eu não tenho uma caçadeira. E a porta? Esteve sempre aberta...Resta-me refugiar-me na melhor esquina, e esperar.
Junho está à porta. Se pudesse, saltava Junho, Julho e Agosto...e começava uma vida nova, nova para esse tempo. Do que tenho eu medo? Que tudo fique igual, mas pior.
Nunca mais chega o Natal...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Trinta e sete

Fico-me por aqui, por um breve momento, até não sei quando, até não sei onde. O que é para mim o nada? É a ausência de tudo.

Trinta e seis

É curioso. Há muitos anos atrás escrevi um texto sobre algo. Um poema para ser mais preciso. Quando o acabei de escrever pensei estar a ler o poema mais real e bonito que alguma vez tinha escrito. Agora, olhando de novo, apenas posso sorrir perante a minha cegueira. Em primeiro lugar, um assunto tão complexo não pode ser escrito em poesia. Em segundo lugar...agora e talvez só agora, sem certezas de quantas vezes mais na minha vida o vou provar, o sinta de forma mais exacta. Sempre me apeteceu escrever uma apologia sobre o amor, com o intuito de lá envolver esta questão que me tem vindo a atormentar, mas para isso precisava de ajuda de muitas pessoas, de forma a atingirmos todos uma verdade "mais absoluta", porque sim, eu sei que todos somos diferentes, mas a verdade é que temos todos o sangue da mesma cor (igual), não interessa a nacionalidade, temos todos os orgãos nos mesmos sítios, mais ou menos do mesmo tamanho. Está lá o que no faz pensar, está lá o coração...tirando casos raros em que o coração se encontra literalmente no lado direito. Porque há certas "razões" e acontecimentos e sabores que são gerais. E na minha opinião eles provam muito, mais do que aquilo que nós por vezes queremos aceitar ou confirmar. E é curioso, passando tanto tempo, encontro necessidade de voltar a escrever sobre o assunto...Não sei do que estou à espera. E apesar de ultimamente esta variante não me deixar sossegado parece que estou à espera de rebentar, de uma vez por todas. Talvez dessa forma já não escreva sobre ele. Vamos ver...vamos esperar. Vamos sobreviver.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Trinta e cinco

O que me diferencia do resto é a fome. Por sorte é uma fome que nunca venha sozinha, venha acompanhada de autenticidade, vem acompanhada de improvisação, é ela própria, é a sua essência que faz toda diferença. Consciente do meu único objectivo, consciente que espalho felicidade se me esforçar, e quero espalha-la, porque não o fazer custa-me. Por isso vou continuando...até me cansar de tentar para nada, ou até que me cortem as pernas...mas até lá? Dou o meu eu e o melhor eu que posso dar. São sentimentos e momentos, sensações raras, novas, cheias de sabor e sentido, que me vão dando força todos os dias...E há coisas boas que nunca mudam. Nem precisam de mudar...no dia em que mudarem...não sei. Talvez volte tudo ao que não era.

sábado, 22 de maio de 2010

Trinta e quatro

Hoje fui correr. Devido ao vento e ao sol consegui inalar e sentir mais do que o normal o cheiro do verde que me envolvia. Senti-me na terra da minha avó. Senti-me num lugar puro. Puro e saudável. Gostei. É triste chegar à conclusão que a melhor parte do dia, e a mais útil, é correr durante vinte minutos. Enquanto corro vou pensando na minha vida. Na forma como as coisas aconteceram e acontecem, o porquê das coisas. A vantagem de fazer isto enquanto corro é que posso sempre esforçar-me ainda mais na corrida se o assunto me estiver a incomodar. Se estiver a doer. É um escape maravilhoso. Enquanto corro vou pensando e dando o meu melhor, pelo menos nesse aspecto. Canso-me, levo-me aos limites do meu ser. Maravilhoso. Eu puxei por mim um pouco mais do que o normal...estive para parar umas três vezes. E parei? Não. Porque naquele momento senti que não tinha de parar por muito que pensasse que queria. E a verdade é que aguentei um bom tempo extra...Porque pensei então que deveria parar? Não sei. A mente talvez nos engane...ou o corpo. E isto acontece muitas vezes na nossa vida. Pensamos algo, e pensamos nisso com tanta certeza, que possivelmente...paramos. Mal sabíamos nós que ainda dava para continuar. E quem sabe para sempre? É claro que isto não se aplica na corrida de hoje, nem em nenhuma, seja em que dia for, porque é impossível correr para sempre, mas a realidade é que consegui muito mais do que aquilo que pensava e sentia conseguir.
No dia de hoje, enquanto corria, limitei-me essencialmente a ouvir Nirvana. E foi bom matar saudades. Às vezes esquecemos coisas que foram importantes para nós...assim do nada. Mas abracei-os, e ouvi-os como se fosse a primeira vez, de forma atenta. E ajudou-me.
Eu posso sentir que é a altura de descansar, mas sei também que ainda posso correr mais um pouco...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Trinta e três

Progresso...Ainda é cedo para festejar, de qualquer forma, qualquer acção ou movimento ou ainda pensamento é bom o suficiente para se sorrir...Mesmo quando olhamos para este país e não o vemos (ao progresso), e nesse sentido já estou a pensar, em algo concreto e bem construído, para escrever sobre este país, mais concretamente a mentalidade portuguesa, e mais concretamente ainda, sobre esse "engenheiro" Sócrates...Mas isso fica para outro dia. Onde ia mesmo? Ah, sim, progresso...sabe bem constata-lo. Seja em quem for.
E sobre o meu texto "Where is my mind?", nas narrativas monstruosas, tenho estado satisfeito sobre mim mesmo...O nível intelectual, como foi lá definido, tem vindo a crescer aos poucos. De forma gradual, mas positiva.
O nível físico também. Comecei agora...aliás, voltei agora. E sobre isso também poderei falar mais tarde...penso que vale a pena.
E agora? Fica-me a faltar o nível emocional...este ainda está parado a zeros. Ou melhor, tem números importantes, mas entre parêntesis...por isso conta como zero. Tenho que fazer algo e depressa...Pois não me basta (nem tão pouco) os outros dois. Pelo contrário...Vamos ao trabalho que a vida são poucos dias...e passam depressa. Que raiva...

domingo, 16 de maio de 2010

Trinta e dois

Há coisas que nunca mudam...e outras transformam-se...Existem coisas que toleramos, outras adoramos, outras: odiamos. É a vida não é? Não...mas pode ser. Não me interessa. Têm me dito que ando a escrever que nem um doudo...confirmo. Na falta daquilo que preciso tenho de encontrar alternativas. Como é lógico as alternativas regra geral são piores, mas não quer dizer que não bastem...(Mas não, neste caso não me bastam...mas que posso fazer? Entregar-me?) Por isso vou escrevendo...mais e mais, para atenuar isto, e escrevo mais e mais, para ir adormecendo tudo isto. A minha irmã disse-me certo dia, para chorar tudo de uma vez. A frase é mais sensata do que parece. As pessoas às vezes pensam que dão a volta à sua maneira...mas é tudo uma ilusão. Mas também se pode dar o caso fortuito de chegarmos à conclusão que a dor é uma ilusão (Tool). Por isso tenho escrito, que nem um doudo, sempre que posso. E tem servido, principalmente para passar o tempo de forma pelo menos mais produtiva. Vou chegar a algum lado assim? Boa pergunta. Sempre disse aos outros para agarrarem as laranjas nas suas vidas e tirarem delas todo o sumo, saborear a vida, agarrar a vida, sentir a vida, sentir os outros, agarrar cada oportunidade com afinco. E eu? Eu escrevo...a minha metamorfose tarda em se dar. Eu quero evoluir, mas estou estagnado, preciso de criar um alter ego, talvez...quem sabe. Mas não queria. Queria ser eu, eu mesmo, aquele que sou e como sou, a dizer: basta. Bastem-me. Eu basto-me.
Por isso, vou escrevendo...escrevo tanto que me hei-de cansar de mim próprio! Das minhas reflexões, das minhas certezas, das minhas dúvidas. Vou chegar a um ponto que desisto de viver desta forma. Mas a escrita é como a minha família e amigos, esteve sempre comigo, nunca me deixou, e eu, mal ou bem estando, nunca a abandonei. Preciso de escrever. Mas não é pela razão de muitos: falta de coragem para dizer, pela boca fora, com os olhos olhando directamente outros, ou não...Não se trata disso. Eu talvez escreve para dar mais atenção aquilo que digo (depois de ter pensado).
Mas a escrita não me basta...não me basta tão pouco. E se vou escrevendo é da maneira que me vou mantendo vivo. Porque a minha escrita será sempre a injecção para acalmar ou para reavivar a chama...
Neste momento não sei que mais pensar ou fazer, porque o que vou fazendo ou pensando são momentos pouco nítidos, que precisam de mais...qualquer coisa.
Foi preciso ter engolido um pequeno copo, muito pequeno de absinto para ter a certeza que a paz mundial estava dentro de mim. É cómico de facto, mas não deixa de ser triste. Preciso de escrever mais e cada vez mais, até toda a inspiração desaparecer. Eu sei que não é disto que preciso, mas de momento, é tudo o que tenho.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Trinta e um

Há coisas que nunca mudam...

Vinte e dez (trinta)

Não fiz lista de prendas para esta data especial. Aliás começo a dar valor apenas a surpresas. Por isso fiz um investimento para mais dois ou três anos hoje...tirando a 7up que ofereci a mesmo...Comprei dois pólos, um preto outro cinza, e duas t-shirts uma preta outra cinza. E pronto. Já os vou usando para não cair na parvoíce, como fiz com umas calças de ganga preta que comprei há um mês ou dois e ainda não usei...
A t-shirt preta foi carimbada por um terceiro olho...vá-se lá saber porquê e para quê.

Vinte e nove

Estive-te a ouvir como já não ouvia há muito tempo. Tenho consciência que tudo o que tu dizes está certo, talvez apenas precise de tempo. Ou talvez seja agora o momento, mas estou à espera de alguma coisa. Sei que tens razão em tudo o que dizes. Sei que me podes ajudar. Só que às vezes é difícil compreender o que devo fazer, porque não chega fazer o que o coração manda, não. Porque às vezes estamos errados. E demoramos a perceber isso. Tu sabes que eu erro mas também não sabes quando acerto. Mas mesmo assim, consegues ter razão. E apesar de ter cura conseguiste provar que afinal sou mesmo um monstro, mas um monstro igual a outros que por aqui caminham. E o pior que posso engolir, sem deixar de acreditar em cada verdade que saiu da tua boca, é que quando penso agir melhor, fazer aquilo em que acredito é quando estou a ser mais monstro. Ao que parece tenho feito as coisas ao contrário do que devia. Mas obrigado, ainda vou a tempo. Amo-te, como sempre, e para sempre.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vinte e oito

Fez ontem seis meses que tudo voltou. Nunca me tinha saido da memória, mesmo como sempre, fui eu a seguir em frente. Spiral out? Não. Spiral in...Sempre tive uma boa memória. Para factos mais engraçados, coincidências, sinais, factos menos importantes...e factos que mudaram a minha vida, que me atingiram de frente ou de lado. Quem me dera que nesta vida fosse sempre lateralus...mas não é assim a vida. Utilizo essa filosofia de evoluir através do sofrimento e das lágrimas. Mas nem sempre foi assim, nem sempre é assim. Que resultados procuro? O mesmo que todos vós: ser feliz.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

vinte e sete

Hoje faço vinte e três anos. Dei algumas desilusões aos que me amam, e dei outras tantas alegrias. Fui motivo de orgulho em alguns casos, motivo de vergonha noutros. Sempre fui fiel a mim mesmo e aos outros, facto ao qual não deveriam apontar nunca o dedo. Nunca abandonei ninguém, nem em boas nem em más situações. Afastei-me algumas vezes de algumas pessoas, algumas para sempre outras até ser altura.
Para mim o dia do nosso aniversário, como já disse, deve ser encarado com algo de bom, foi o dia em que viemos parar a este mundo, e regra geral todos nós trazemos algo a alguém e quem sabe ao nosso país ou mesmo ao mundo. Seremos agradados, iremos agradar, amar e ser amados, e ser produtivos.
Os sentidos de oportunidades das pessoas que me rodeiam são tão maus ou piores que os meus...e eu gravo "datas" que marcam os anos posteriores a elas...E tudo começou à dois anos. No ano passado foi o dia mais triste que tive de anos, e mesmo assim, tive muito boa gente cá, para me levantar um pouco (ninguém é a porra de uma ilha, ninguém é sozinho...o próprio Fernando Pessoa era muitos...talvez por isso mesmo). E este ano? Sim, é um ano de melhor colheita...mas mesmo assim. Quero que chegue esse ano, outra vez, em que me levanto e acordo consciente que é bom fazer mais um ano, crescer, ou melhor, envelhecer com algum sentido. Chegará esse dia? Quero acreditar e fazer por isso.
Para mim o dia do nosso aniversário é como o dia dos namorados...uma desculpa boa, para aproveitarmos mais esse dia com quem amamos. A única diferença, é que no nosso aniversário temos de encaixar, além da nossa outra parte, a nossa família e os amigos.
E eu faço anos hoje, e estou a escrever isto...Talvez este ano não seja tão diferente como eu pensava ser. Talvez. Ainda tenho um grão de esperança, que aguarda por ser lançado à terra. Depois...depois ainda não sei. Parabéns para mim.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Vinte e seis

O que teve este dia de diferente? Muita coisa...
Perguntem-se a vocês próprios como será possível que uma noite de quatro horas de sono ser mais útil do que uma noite de oito ou nove horas de sono? Magia...
Hoje dei o meu primeiro passo na poupança do mês...posso não conseguir deixar de fumar tão cedo, mas virei-me finalmente para o tabaco de enrolar...Um dispositivo para colocar o tabaco dentro do cigarro oco e pronto, vamos para a frente. Não sei esta vontade súbita, mas já estava a pensar nisto à algum tempo...prova-se um "investimento" (na morte) para quem quer tentar fumar menos e pagar muito, mas muito menos. Inteligente não? Não. Mas faz-se o que se pode...e quando assim é, que podemos fazer mais?
Sonhei ter duas prendas decentes nestas minhas vinte e três primaveras. E agora, abriu-se a hipótese de uma terceira. O meu querido clube ganhou...óptimo. E hoje descobri, caramba, graças a Deus, que passados quatro anos de espera, e muita sede, finalmente os Tool vão lançar um CD! Que lufada de ar fresco! Fiquei feliz que nem uma criança...Estava à espera disto há tanto tempo. Mesmo...E hei-lo...mesmo assim terá de me aguentar vivo mais meio ano, só deve chegar em 2011...Cá estarei espero. Finalmente esse meu deus, largou a vinha que tanto adora, para voltar a criar espirais! Mal posso esperar...mas que remédio, tenho que esperar.
E mais? O mais às vezes não chega...é como diz o Kurt Cobain: "eu quero mais do que aquilo que consigo roubar...", mas também não é bem assim.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vinte e cinco

Vim quase a correr para casa para escrever isto tudo que tinha na cabeça e tive de me demorar...e ainda bem.
Hoje aconteceram várias coisas...algumas boas outras más...e outras estranhas. A primeira passou-se no centro de saúde de sete rios. Esperei duas horas e trinta minutos...e nem sequer fui atendido pela minha Dra de familia, à qual chamo de "Dr.House", pela sua habilidade na execução de medicina. Por isso tive de "desabafar" com uma rapariga nova, competente mas inexperiente. Conclusões? Devo deixar de fumar...(para saber isto não tinha de ir ao médico isso é uma certeza),...e parece que o coração lá vai batendo de modo acertado, engana-se minha senhora. E a pior novidade de todas: o meu sentido de oportunidade, o chamado timming, parece que consegui prejudicar a minha saúde de forma muito parva...a minha vida tem sido assim. E eu que me julgava uma pessoa cheia de bons sentidos de oportunidade, assim como tudo o que se vai passando na minha vida...mas não. Enganei-me de forma muito estranha. Estarei a morrer? Fisicamente não...e psicologicamente também não...Talvez sofra mais do que seja necessário. Ir ao médico é usualmente uma forma de adiar a morte. Para já assim continua.
Outra questão importante, algo que já não acontecia há muito tempo: sorri muito ao de leve ao ver casais na rua aparentemente felizes. Estarei a mudar? Estarei a elevar-me outra vez sem saber? Sem querer?
Outros pormenores...pensei na única coisa boa de sua santidade na terra vir ao meu país...os mendigos poderão enriquecer um pouco(gostaram da ironia?). Mas não...nem pensar...a hipocrisia não dá esmolas, não. Compra mais riqueza à Igreja. Por isso a minha ideia, não passa de um sonho desesperado e sem nexo. Existiu apenas uma coisa má...antigamente ouvir música de Igreja, apesar de todo o meu ódio contra a mesma, dava-me um sossego, um calor aconchegante no peito. Mas hoje, ao ouvi-la, não me aconteceu nada disso...Por alguma razão este facto assustou-me. E a vida é estranha. Mas eu até gosto dela assim, até me revoltar intensamente.

domingo, 9 de maio de 2010

Vinte e quatro

Começar por felicitar o Sport Lisboa Benfica. Como benfiquista que sou não poderia deixar escapar este pormenor...Não sou daqueles ferrenhos cegos, que só vê o que lhe convém, no entanto sou um adepto fervoroso. E hoje posso falar dessa matéria, pelo menos para começar. Sabe bem ter um interesse em comum com tantos milhares de pessoas em todo o mundo. Todos nós costumamos sofrer com os nosso clubes, seja de que desporto for. Verdade seja escrita, que talvez só o benfiquista, dado os pseudo altos e baixos da equipa, é o verdadeiro sofredor. Por isso, qualquer adepto do Benfica está desde logo calejado para o sofrimento. Ser benfiquista é saber sofrer. Parabéns Benfica! Mais uma alegria. Foi um bom dia, com excelentes festejos e felicidade. Como sempre, quando isto acontece parece que Portugal parou...Incrível.
Falando do dia de ontem. Já levei duas pessoas ao elevador de Santa Justa. Uma delas sem qualquer necessidade...acho que fomos lá por não termos mais que fazer na altura. A outra pessoa, querida irmã minha, foi mais que propositado e 'merecido'. Ficam-me a faltar duas pessoas. Uma delas não devo conseguir levar, é-me demasiado impossível e quase contraditório...a esta queria mostrar a minha pessoa espalhada nesses prédios que contam histórias do passado e do presento, a minha outra face, ou melhor a minha primeira face, a minha cidade, eu de um modo tão especial...Mostrar a minha 'beleza escondida'. A outra pessoa precisa de ver toda esta cidade de um ponto alto...e ver que Lisboa, não é só uma cidade grande chamada de capital...não. É mais do que isso, e tudo isso, transbordando beleza, em cada telhado, em cada janela...em cada esquina. Quer faça chuva ou sol...teremos tempo espero.
Foi um excelente passeio. Ficaste a ver melhor Lisboa na tua cabeça.
Às vezes temos de olhar para as coisas de outra perspectiva...A diferença é imensa. Sinto-me forçado a utilizar palavras que não minhas para descrever estes momentos...que se conjugam ou não, sejam cidades ou pessoas ou situações: "Há um friozinho bom na barriga quando as respostas surgem claras como água, depois de termos complicado tudo durante demasiado tempo. Afinal, é bem mais simples do que parece." (Ana Sofia - http://coisasmuitas.blogspot.com/2010/05/changes.html) É que é mesmo isto, sem tirar nem acrescentar palavras...Espero que chegue esse momento em todas as almas que conheço e naquelas que desconheço...Porque o que me revolta é o mesmo do costume. E quero-vos...quero-vos...quero-vos ver melhor, até melhor ser impossível.

Vinte e três

(quarta-feira aproximadamente pelas 21h00...por alguma razão não queria sair para este mundo, pois a preguiça era muita...o trabalho de parto começou às 16h...)

Disseram-me ontem que estava frio e a chover muito lá para o centro do país, mais concretamente na Sapateira...Invadiu-me uma vontade de fugir daqui...Pegar no meu portátil e no telemóvel, num livro, e subir duzentos quilómetros neste país à beira mar plantado...Levar Internet portátil e refugiar-me ao pé da lareira, em quatro canais televisivos. Mas Deus cedo me mostrou que não valia a pena ir para tão longe: começou a chover em Lisboa desenfreadamente, e o frio...muito devagar também chegou. E esta? Calaram-me bem...como se precisa-se de uma desculpa decente para ir a algum lado...adoro quando me cortam as pernas tão depressa. Enfim, é a senhora vida. Mas a vida tem outros prazeres e coisas boas. No próximo texto falarei da experiência de ontem, onde dei a conhecer a minha Lisboa a outra pessoa. Já faltou mais...até.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vinte e dois

Estou quase a fazer anos. Neste momento tenho vinte dois. Dia onze faz uma amiga minha e chega o senhor-deus-na-terra. Dia doze vinte e três anos contará o monstro (se lá chegar). Dia treze o país pára...Aucht. No meu último texto deixei fluir a minha linguagem corrente. Sou razoavelmente mau na língua inglesa, no entanto não consigo evitar, a menos que se trate de falar\escrever mais seriamente. E por falar em linguagens, mais personalizadas, a titulo de curiosidade comecei desde bebé a criar a minha própria. Sim, é claro que podemos observar esse facto como uma criança sem capacidade para aprender as regras do mundo...prefiro acreditar que era apenas uma criança original. À minha tia Marta (mãe nos primeiros meses da minha vida, e segunda mãe em toda a minha vida) chamava-lhe titauté. Em vez de chávena dizia tapeti. Pão com manteiga dizia monponpê. Uma caixinha de surpresas, ou não. Para além destas invenções ainda gatinhava de frente para trás. Era uma criança materialista, chorava por brinquedos sempre que estava na rua...fora isso, tinha um ar angelical. Bluff. Era um pequeno monstrinho.
Antigamente adorava fazer anos...Não, não me agrada pessoalmente envelhecer...se bem que...que tem? Estamos todos a ir em direcção a essa meta chamada morte. Por isso fazer anos é festejar mais um dia que não estamos mortos. Estamos aqui, estamos vivos...Por outro lado, é festejar a data em que viemos ao mundo, e se não formos criminosos de nenhum género, acho que é algo de bom que veio ao mundo, assim como para todos os que gostam de nós. Enganado? Talvez. Verdade seja escrita que o ano passado foi totalmente estragado. E este para o mesmo caminho caminha. Na prática fui quase feliz a festeja-los até aos vinte e um. E mesmo esse, foi um presente envenenado. Por isso que podemos pedir? Descanso. Sim. Paz. Sempre. Estarmos com quem queremos. Faz-se o que se pode. O ano passado não sabia o que queria...por muito que me perguntassem. Mesmo assim deram o vosso melhor, e agradeço por isso. Este ano, sei muito bem o que quero. E quase ninguém me pode dar. Serei complicado? Complexo? Extravagante? Nada disso. Os meus desejos e pedidos são sempre simples...Não quero a paz mundial, nem ambiciono algum elixir da vida eterna...Simplicidade. Mas cá estarão vocês, os mesmos do costume. Obrigado. Quem dá o que pode a mais não é obrigado não verdade?
Por isso, lá chegará esse dia. Um dia igual aos outros, quase. Doze de Maio, de 1987, nasceu Diogo Garcia TH. Não sei que mais dizer por agora.
Algo mudou desde a criança. E não falo de todas as evoluções e não-evoluções adaptadas a todas as almas deste mundo...As coisas e pessoas que precisava por fome de mais, sem qualquer significado importante, são agora coisas e pessoas essenciais, com uma razão, um sentido.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vinte e um

Dartanhan is gone. But he will return soon as possible...Já sabia que me ia arrepender no momento em que peguei na máquina de barbear e na gilete. E sabia que me ia arrepender ainda mais depois de os usar. Too late now. Estou diferente, muito, olho-me ao espelho e tenho saudades daquele rosto usado, gasto, pesado. Como se inundasse experiência, e mágoas sobrepostas. Eu sei, quem vê caras não vê corações, nem defeitos. Nem tão pouco qualidades. Corre-se o risco de nunca se conhecer ninguém na sua totalidade gigantesca. Paciência? É a vida? Whatever...nunca me basto nem basto a ninguém...Too bad. Too late? Quero lá saber. Quer dizer, quero. O meu mal é esse...
Estou a transformar-me aos poucos...tenho trabalhado mais. Estou realmente agora a seguir o caminho devido...pelo menos um deles...Tenho medo que chegue esse tempo anual de tédio existencial. E que medo. Quase tremo por dentro. Mas como sempre dá-se a volta (ou não). Quero mais, mas não posso querer mais. Por isso que posso eu querer? Já não sei. Sei, mas continuo a não poder. Mas pronto, passo a passo não é? O tempo manda, o tempo comanda, o tempo anda tão devagar, ou depressa, esse tempo psicológico é detestável. Pedimos a Deus mais um pouco...um pouco que seja, e a todos os que têm o nosso tempo "detido"...Oh. Passou. Porque passaste tão depressa? Só queria mais um pouco, tão pouco, sem valor no vosso universo todo.
Começo a encontrar nesta vida razões fortes para acreditar que Deus é um pequeno "brincalhão", como os seres humanos, ah-ah!, capaz de ter humor físico e sentimental que nem sempre agrada. Este mundo é fantástico.
Vinte e um, um ano muito chato de se passar. Lá vou eu neste caminho. E esta?! Estamos todos no caminho certo? Óptimo. E que sejamos todos felizes. Saúde, paz e um resto de amor.
...Conclusão da vida: emoções fortes exigem medidas ainda mais drásticas e extremas. Cinco estrelas. Ao rubro.