quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dezoito

Abril águas mil...nem por isso. Este ano por alguma razão não foi bem assim. Está calor. Muito calor. E eu vivo numa pequena estufa...Se por uma lado ter a fachada do meu prédio a levar com sol no Inverno, o que o torna um pouco mais acolhedor, a verdade é que quando vem o sol abrasador, este pormenor perde toda positividade. Sala, quarto dos irmãos e quarto da irmã, todos a receber o santo sol todo o santo dia...Ideias reabilitadoras mexem-se no meu espírito. Praia? Não a desejo como desejava. O mar nunca foi por mim venerado. E se por momento me vislumbro deitado na areia a apanhar sol, depressa volto a esta realidade seca. Nesta minha casa vive-se a suar. E quando nos deitamos, mesmo por cima da cama, sem lençóis, sem meias, tudo o que nos resta tentar fazer é adormecer com algum suor. Há uns anos atrás adorava quando chegava esta altura do ano. Agora? Todo este sol consome-me as energias, como acontece aos outros seres humanos que debaixo dele caminham. É verdade sim, o sol é mais positivo que o céu cinzento, nessas depressões aéreas...é talvez por isso que na chuva ando sem protecção e no sol todo vestido de preto, para maior obsorção...Ironia a minha pessoa, e o meu viver. Continuamos todos a querer aquilo que queremos...e para isso o sol, por muito forte e desejado que seja, não penetra nas nossas almas...com sorte, talvez, nos aquece o corpo, e remova devagar o vosso frio.

1 comentário:

Joana disse...

Retrato aparentemente bonito, simples, opinião dita. Mas, por estranho que pareça, não senti grandes "energias positivas" das palavras escritas; não gostei muito da maneira como as palavras, articulando-se, deram uma conotação monótona ao sentido do texto, do sol e da alegria que ele trás consigo.