domingo, 25 de abril de 2010

A essência

"I wanna hold you high and steal your pain..."
"....all i wanted to say was i love you and i'm not afraid...i know you can hear me,
i can taste it in your tears..."
"Show me that you love me and that we belong together."

Não podemos ser felizes, ou melhor eu não posse ser feliz sem quebrar de vez em quando uma regra ou outra. E neste caso, partindo do pressuposto que as narrativas do monstro terminariam de uma vez por todas com palavras menos relevantes para a maioria dos leitores, e quem sabe para mim mesmo, dado que tenho de me descrever mais uma vez, venho por este meio quebrar a regra de blogue. Será esta a única e exclusiva vez. Assim como a partir deste momento farei os meus possíveis para voltar ao apologista da minha pessoa como era no antigamente...
O nome especial que teve o poder de substituir um número deriva de algo engraçado. Desde tenra idade sempre gostei de utilizar esta palavra...apesar de desconhecer o seu significado, até que um dia, graças a Deus, na disciplina de Filosofia descobri. Foi fantástico. Resumidamente essência é : aquilo que faz com uma coisa seja aquilo que é.
Ora este texto destina-se única exclusivamente ao desabafo final. Aquele que não quer no entanto quebrar definitivamente todas as noções e esperanças...
Nunca estarás perdida de todo, acredita. Volta a trás, e volta a percorrer o caminho mas desta vez consciente dos passos a não "errar", ou caminha sempre em frente para não perderes tempo andando em círculos. (Sorriso) É preciso encontrar a causa. Como já te disse não me "preocupo" contigo, sei que tudo correrá bem e que és capaz seja do que for. Não me "preocupo" por confio no teu ser, de várias formas relevantes nesta vida.

"Acordei triste e quase vazio...de inicio não percebi o que se passava comigo, até que me lembrei da tua ausência. Agora tudo estava claro."

Este texto começou na minha cabeça há algumas semanas atrás. Dele advieram, outros textos, outras formas de expressão...só Deus saber o fim em si mesmo. Mas este titulo tem uma razão, como quase tudo o que faço nesta vida, de bom e de mau, e de pior.
Este fim de semana, apareceu-me a pessoa que eu tanto quis encontrar durante meses mas sem sucesso..."Agora vieste tarde demais", disse-lhe, "no entanto acho que ias gostar de saber...". E gostou. Foste tu amigo, mais de outrora do que agora, que foste a essência de tudo isto...de todas as vezes. Foste tu. E disseste:
"Era era uma miúda muito especial...sempre achei que era o teu tipo." "Mas porque acabou? Parece, pelo que lembro de vocês, que podiam muito bem..(um com o outro deduzo)" Realidade irónica. A única pessoa que nos conheceu aos dois, o elo comum, a essência, pelo menos essencial.

A ironia deste destino é sempre muita...e eu até sou uma pessoa irónica por natureza...mas por vezes ele consegue desagradar-me de forma muito peculiar...

E depois não é só isto ou aquilo...é um conjunto de coisas, sejam elas pequenas ou colossais...
É ir no barco, acompanhando um dialogo: "Então como tem estado?" "Quando não se está bem, nunca pior..."
"Então?" "Tá tudo."
E outras.

Na prática quando pensei em terminar todos estes tipos de textos queria dar-lhe o nome peculiar de : Veado que foi morto na forca. Está certo, poucos ou quase nenhuns compreenderão. A minha voz cantando num carro numa noite escura mas linda é a resposta correcta.

E é este o texto pseudo-final, da minha descompreensão humana...o texto, que mesmo deixando coisas por dizer, será o último. Por isso, no pior dos casos, a minha estupidez, aliás, a minha parvoeira, se irá encarregar de o ir alterando...mas duvido.

"Resta perguntar o que foi que lhe aconteceu para que amar fosse um verbo tão carregado de pavor...
Preferia abster-se, tanto quando possível, de todo e qualquer movimento mais afectivo, evitando fracassar e sofrer."

Este texto recebe ainda este título, porque é necessário retornar à base, à essência. O porque de um sentimento nascer, a sua velocidade, importância, sensações, o seu resultado na mudança da nossa vida e no nosso mundo. Se o porquê, e o sentir desse porquê ainda se mantiverem...então, para quê não admitir?
Porque eu, ainda estupidamente, ou melhor, parvamente, e apesar de tudo, ainda o tenho...seguro e certo como começou. Porque eu não tenho medo. Nem nunca tive, vencido as lutas pesadas contra demónios e fantasmas, meus e dos outros...

"Precisei de dois tiros, como se tivesse de matar dois eus..." E eu aqui estou, duas vezes, dois Diogos de tempos diferentes...mas por agora, as minhas características são as mesmas de outrora, até o tempo se encarregar de as mudar:
estou vivo, moro no mesmo sitio desde que nasci, mudei, mas estou igual, e estou como sempre no mesmo sitio...um dia isso mudará...mas por hoje, por agora, a curto e médio prazo: NÃO VOU A LADO NENHUM, e devo acrescentar que não quero.

Nem todos os seres humanos têm na vida, oportunidade de experimentar um sentimento diferentemente imenso com a mesma pessoa duas vezes. Será isto bom ou mau?
Eu vos digo...noutro dia. O que é ainda mais estranho, (refiro-me muitas vezes à minha estranheza), é querer sentir ainda mais uma ou duas ou muitas vezes com essa mesma...
Por hoje e por agora fico por aqui. Quero voltar ao meu monstro. Existem dois monstros: o que ama e o que não ama, e eu não me posso demorar no meio deles...Um deles acabará por triunfar, e nunca de forma infinita.

Penso que está tudo, tirando pormenores que me vão fazer sentir frustrado depois de publicar este texto.

Destino. Como já disse acredito nele de vez em quando...assim como acredito no chamado amor eterno, entre duas almas gémeas (ou próximo disso), às vezes. Verdade seja dita, é que ainda aqui estou. A mesma pessoa que vos magoou, a mesma pessoa que vos fez sentir bem como nunca antes. Continuo a mesma pessoa romanticamente sentida, com uma vontade enorme de dar o melhor, de alimentar sonhos e os ajudar a concretizar, ajudar nas lutas, ... , sou o mesmo que acendeu uma luz, o mesmo que fez sentir alguém como se fosse a última e única e vice versa...Sou eu, este deste lado...Sou o beijo natural de dois amantes, num calor que nos coloca numa espiral leve e saborosa, como se o mundo à nossa volta, importasse à mesma, mas muito pouco...

Sou eu, Diogo Garcia, ou só Diogo, ou só Garcia. O mesmo de sempre.
O que quero dizer mais?

Que tenho no coração a vontade e na mão uma pequena chave de uma caixa de Pandora cheia de pormenores, bons e maus.

O que quero dizer mais? Mais nada...
Aliás nunca tive tempo de lhe arranjar uma música, mas também não consegui passar das duas frases por isso apenas a imaginei algumas vezes na cabeça colocando-a agora em forma escrita:

My dear, come back,
And turn again my world to black.


Fecho o envelope da uma importante fase da minha vida, com comentários de todo desnecessários, e tento compreender, e não pensar muito nisso...mas penso, e ao fechar o envelope escreve na parte de trás, com uma letra pouco cuidada a seguinte frase:

"Relax, turn around and take my hand." (Stinkfist)

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