terça-feira, 25 de maio de 2010

Trinta e seis

É curioso. Há muitos anos atrás escrevi um texto sobre algo. Um poema para ser mais preciso. Quando o acabei de escrever pensei estar a ler o poema mais real e bonito que alguma vez tinha escrito. Agora, olhando de novo, apenas posso sorrir perante a minha cegueira. Em primeiro lugar, um assunto tão complexo não pode ser escrito em poesia. Em segundo lugar...agora e talvez só agora, sem certezas de quantas vezes mais na minha vida o vou provar, o sinta de forma mais exacta. Sempre me apeteceu escrever uma apologia sobre o amor, com o intuito de lá envolver esta questão que me tem vindo a atormentar, mas para isso precisava de ajuda de muitas pessoas, de forma a atingirmos todos uma verdade "mais absoluta", porque sim, eu sei que todos somos diferentes, mas a verdade é que temos todos o sangue da mesma cor (igual), não interessa a nacionalidade, temos todos os orgãos nos mesmos sítios, mais ou menos do mesmo tamanho. Está lá o que no faz pensar, está lá o coração...tirando casos raros em que o coração se encontra literalmente no lado direito. Porque há certas "razões" e acontecimentos e sabores que são gerais. E na minha opinião eles provam muito, mais do que aquilo que nós por vezes queremos aceitar ou confirmar. E é curioso, passando tanto tempo, encontro necessidade de voltar a escrever sobre o assunto...Não sei do que estou à espera. E apesar de ultimamente esta variante não me deixar sossegado parece que estou à espera de rebentar, de uma vez por todas. Talvez dessa forma já não escreva sobre ele. Vamos ver...vamos esperar. Vamos sobreviver.

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