segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vinte e cinco

Vim quase a correr para casa para escrever isto tudo que tinha na cabeça e tive de me demorar...e ainda bem.
Hoje aconteceram várias coisas...algumas boas outras más...e outras estranhas. A primeira passou-se no centro de saúde de sete rios. Esperei duas horas e trinta minutos...e nem sequer fui atendido pela minha Dra de familia, à qual chamo de "Dr.House", pela sua habilidade na execução de medicina. Por isso tive de "desabafar" com uma rapariga nova, competente mas inexperiente. Conclusões? Devo deixar de fumar...(para saber isto não tinha de ir ao médico isso é uma certeza),...e parece que o coração lá vai batendo de modo acertado, engana-se minha senhora. E a pior novidade de todas: o meu sentido de oportunidade, o chamado timming, parece que consegui prejudicar a minha saúde de forma muito parva...a minha vida tem sido assim. E eu que me julgava uma pessoa cheia de bons sentidos de oportunidade, assim como tudo o que se vai passando na minha vida...mas não. Enganei-me de forma muito estranha. Estarei a morrer? Fisicamente não...e psicologicamente também não...Talvez sofra mais do que seja necessário. Ir ao médico é usualmente uma forma de adiar a morte. Para já assim continua.
Outra questão importante, algo que já não acontecia há muito tempo: sorri muito ao de leve ao ver casais na rua aparentemente felizes. Estarei a mudar? Estarei a elevar-me outra vez sem saber? Sem querer?
Outros pormenores...pensei na única coisa boa de sua santidade na terra vir ao meu país...os mendigos poderão enriquecer um pouco(gostaram da ironia?). Mas não...nem pensar...a hipocrisia não dá esmolas, não. Compra mais riqueza à Igreja. Por isso a minha ideia, não passa de um sonho desesperado e sem nexo. Existiu apenas uma coisa má...antigamente ouvir música de Igreja, apesar de todo o meu ódio contra a mesma, dava-me um sossego, um calor aconchegante no peito. Mas hoje, ao ouvi-la, não me aconteceu nada disso...Por alguma razão este facto assustou-me. E a vida é estranha. Mas eu até gosto dela assim, até me revoltar intensamente.

1 comentário:

Joana disse...

Se for a raiva a passar, fico feliz. É bom tê-la, é bom ter revolta. Mas até quando?...
Dia complicado, me parece. Ainda bem que pude "lê-lo" !