quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vinte e dois

Estou quase a fazer anos. Neste momento tenho vinte dois. Dia onze faz uma amiga minha e chega o senhor-deus-na-terra. Dia doze vinte e três anos contará o monstro (se lá chegar). Dia treze o país pára...Aucht. No meu último texto deixei fluir a minha linguagem corrente. Sou razoavelmente mau na língua inglesa, no entanto não consigo evitar, a menos que se trate de falar\escrever mais seriamente. E por falar em linguagens, mais personalizadas, a titulo de curiosidade comecei desde bebé a criar a minha própria. Sim, é claro que podemos observar esse facto como uma criança sem capacidade para aprender as regras do mundo...prefiro acreditar que era apenas uma criança original. À minha tia Marta (mãe nos primeiros meses da minha vida, e segunda mãe em toda a minha vida) chamava-lhe titauté. Em vez de chávena dizia tapeti. Pão com manteiga dizia monponpê. Uma caixinha de surpresas, ou não. Para além destas invenções ainda gatinhava de frente para trás. Era uma criança materialista, chorava por brinquedos sempre que estava na rua...fora isso, tinha um ar angelical. Bluff. Era um pequeno monstrinho.
Antigamente adorava fazer anos...Não, não me agrada pessoalmente envelhecer...se bem que...que tem? Estamos todos a ir em direcção a essa meta chamada morte. Por isso fazer anos é festejar mais um dia que não estamos mortos. Estamos aqui, estamos vivos...Por outro lado, é festejar a data em que viemos ao mundo, e se não formos criminosos de nenhum género, acho que é algo de bom que veio ao mundo, assim como para todos os que gostam de nós. Enganado? Talvez. Verdade seja escrita que o ano passado foi totalmente estragado. E este para o mesmo caminho caminha. Na prática fui quase feliz a festeja-los até aos vinte e um. E mesmo esse, foi um presente envenenado. Por isso que podemos pedir? Descanso. Sim. Paz. Sempre. Estarmos com quem queremos. Faz-se o que se pode. O ano passado não sabia o que queria...por muito que me perguntassem. Mesmo assim deram o vosso melhor, e agradeço por isso. Este ano, sei muito bem o que quero. E quase ninguém me pode dar. Serei complicado? Complexo? Extravagante? Nada disso. Os meus desejos e pedidos são sempre simples...Não quero a paz mundial, nem ambiciono algum elixir da vida eterna...Simplicidade. Mas cá estarão vocês, os mesmos do costume. Obrigado. Quem dá o que pode a mais não é obrigado não verdade?
Por isso, lá chegará esse dia. Um dia igual aos outros, quase. Doze de Maio, de 1987, nasceu Diogo Garcia TH. Não sei que mais dizer por agora.
Algo mudou desde a criança. E não falo de todas as evoluções e não-evoluções adaptadas a todas as almas deste mundo...As coisas e pessoas que precisava por fome de mais, sem qualquer significado importante, são agora coisas e pessoas essenciais, com uma razão, um sentido.

2 comentários:

Joana disse...

Lindo e verdadeiro, acho que até mesmo inspirador.
:) Quando tudo o que queremos é o que não podemos ter, devemos procurar outras coisas que nos preencham a alma, nem que seja só um bocadinho.
Adoro-te *

Lillyy disse...

Simplesmente genial :D

'liseste'