quarta-feira, 12 de maio de 2010

vinte e sete

Hoje faço vinte e três anos. Dei algumas desilusões aos que me amam, e dei outras tantas alegrias. Fui motivo de orgulho em alguns casos, motivo de vergonha noutros. Sempre fui fiel a mim mesmo e aos outros, facto ao qual não deveriam apontar nunca o dedo. Nunca abandonei ninguém, nem em boas nem em más situações. Afastei-me algumas vezes de algumas pessoas, algumas para sempre outras até ser altura.
Para mim o dia do nosso aniversário, como já disse, deve ser encarado com algo de bom, foi o dia em que viemos parar a este mundo, e regra geral todos nós trazemos algo a alguém e quem sabe ao nosso país ou mesmo ao mundo. Seremos agradados, iremos agradar, amar e ser amados, e ser produtivos.
Os sentidos de oportunidades das pessoas que me rodeiam são tão maus ou piores que os meus...e eu gravo "datas" que marcam os anos posteriores a elas...E tudo começou à dois anos. No ano passado foi o dia mais triste que tive de anos, e mesmo assim, tive muito boa gente cá, para me levantar um pouco (ninguém é a porra de uma ilha, ninguém é sozinho...o próprio Fernando Pessoa era muitos...talvez por isso mesmo). E este ano? Sim, é um ano de melhor colheita...mas mesmo assim. Quero que chegue esse ano, outra vez, em que me levanto e acordo consciente que é bom fazer mais um ano, crescer, ou melhor, envelhecer com algum sentido. Chegará esse dia? Quero acreditar e fazer por isso.
Para mim o dia do nosso aniversário é como o dia dos namorados...uma desculpa boa, para aproveitarmos mais esse dia com quem amamos. A única diferença, é que no nosso aniversário temos de encaixar, além da nossa outra parte, a nossa família e os amigos.
E eu faço anos hoje, e estou a escrever isto...Talvez este ano não seja tão diferente como eu pensava ser. Talvez. Ainda tenho um grão de esperança, que aguarda por ser lançado à terra. Depois...depois ainda não sei. Parabéns para mim.

1 comentário:

Joana disse...

Parabéns para ti, e este texto só vem constatar a triste verdade que alguns ainda podiam tentar negar, cegamente. Sim, é verdade. Mas também é verdade, que às vezes, só é preciso um verdadeiro esforço.

(verificação de palavra: summa)