sexta-feira, 28 de maio de 2010

Trinta e oito

Este mês de Maio...Foi um mês intensamente diferente. Voltei de certa forma às essências. E este mês teve de tudo um pouco. Em termos de escrita talvez tenha sido dos melhores meses de sempre...quarenta textos? Sim, quarenta textos. Quantidade não faltou. E qualidade? Penso não poder ser eu a responder, pois se pudesse, diria sem hesitar muito: foi mais do que satisfatório. Escrevi muito e não escrevi sobre coisas muito más. Em certas alturas dediquei-me à expansão de outros belos universos...mas depois parece que caí nesse mundo egocêntrico de pseudo-sofrimento. Fui feliz? Ainda não estou certo. Ainda estou a reunir provas, muito devagar, para chegar a uma conclusão final. Cansa-me a espera? Ainda não. Já passei por isto. Déjà vu completo. E a vida já me ensinou que às vezes a espera vale a pena.
Tenho exercitado o meu corpo como já não o fazia há muito tempo. Tenho bebido água como se estivesse sempre com sede...Tenho fumado como um doido, uma chaminé, um fumador compulsivo. Sessenta e seis por cento da minha pessoa tem agido bem, já não é muito mau. A verdade é que Maio está a chegar ao fim...e esse facto perturba-me. Perturba-me. Muito. E acabo por, sem querer, estar a sofrer por antecipação. Junho vai ditar tantas coisas da minha vida...e eu, fico a espera-lo, como se fosse alguém que estando em casa no seu sossego sabe da vinda de alguém que nos quer fazer mal...e fico a segurar na caçadeira, atrás de alguma esquina na minha casa, preparado para quem entrar por essa porta a dentro. É mais ou menos isso. Só que eu não tenho uma caçadeira. E a porta? Esteve sempre aberta...Resta-me refugiar-me na melhor esquina, e esperar.
Junho está à porta. Se pudesse, saltava Junho, Julho e Agosto...e começava uma vida nova, nova para esse tempo. Do que tenho eu medo? Que tudo fique igual, mas pior.
Nunca mais chega o Natal...

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